Warning: Undefined array key "HTTP_ACCEPT_LANGUAGE" in /customers/f/6/1/ahouseinlisbon.com/httpd.www/core/main/App.php on line 32 É oficial: o preço das casas não desceu - A HOUSE IN LISBON

Preço das casasCoronavírus

É oficial: o preço das casas não desceu

Sempre achei que, desde o confinamento de Março e Abril, o valor das casas tivesse vindo a descer. Mas enganei-me. Isso não aconteceu.

Coimbra

por mlehmann78

Mais do que debitar os números do Instituto Nacional de Estatística de forma detalhada (que pode consultar aqui), importa sublinhar os dois factos que constam no relatório do 3º trimestre que considero mais relevantes:

   – O valor das habitações subiu quase imperceptivelmente face ao 2º trimestre de 2020 (0,5%), ou seja, a pandemia e a respectiva crise económica não estão, de forma geral, a actuar sobre o preço das casas;

   – O número de transações desceu marginalmente face ao 3º trimestre de 2019 (1,51%), ou seja, no 3º trimestre de 2020 escrituraram-se praticamente tantas casas em Portugal como no mesmo período do ano anterior.

 

A conclusão é aparentemente simples mas, ainda assim (pelo menos para mim), surpreendente. Dois dos factores que mais impactam o imobiliário (acção político-legislativa e taxas de juro) estão a mitigar por completo aquele é que é outro dos factores mais determinantes para definir o mercado imobiliário (o ciclo económico). Ou seja, as moratórias dos bancos e os mecanismos de lay-off (acções políticas) juntamente com as taxas de juro historicamente baixas estão a:

   1) evitar que incumprimento bancário dispare sobre o crédito à habitação (e sobre os empréstimos às empresas que pagam salários a trabalhadores com créditos à habitação...);

   2) impedir que o desemprego cresça ainda mais;

   3) suportar a procura por compra de casa.

 

Portugal é, de longe (e segundo a DBRS), o país europeu em que as moratórias têm um maior peso sobre o volume total do crédito (segundo o Banco de Portugal, e até Setembro de 2021, os bancos vão deixar de receber 13 milhares de milhões de euros). E é também, segundo a Organização Mundial do Trabalho, aquele que registou a maior quebra salarial entre o primeiro e o segundo trimestre deste ano, por via do desemprego ou da redução de horas de trabalho (segundo a OCDE, as empresas apoiadas pelos mecanismos de lay-off compreendiam 32,9% dos trabalhadores do país).

Parece difícil imaginar que estes indicadores não impactem (ou venham a impactar) mil e uma coisas, incluindo a percepção de valor das casas. Mas o facto a sublinhar é este: até ao 3º trimestre e de uma forma geral (porque este indicador é uma abordagem homogeneizada a todo o país), o valor a que as casas são transaccionadas em Portugal não desceu.

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